sábado, 7 de janeiro de 2012

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo da travessia e se não buscarmos fazê-la,
teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos”.

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Serenata

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

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