
“Tudo ao meu redor ficava cada vez mais confuso, simplesmente tudo, minha vista ficava turva e eu só conseguia sentir a música me fazendo envolver-la cada vez mais, minha imaginação alta demais, fazendo com que sorrisos viessem a minha boca sem controle, meu coração acelerado, e as batidas mais fortes, batendo de acordo com a música. Por minutos que aquela música tocava, eu sonhava, imaginava o que a realidade seria quase impossível de realizar, mas eu nunca perdia as esperanças. Mas quando a música tocava seu último acorde, aquela “mágia” toda acabava, como se o feitiço tivesse sido quebrado. E novamente eu voltei a realidade, com aquela dor forte, muito forte no peito, é como se nesse exato momento, meu coração parasse de bater. As vezes a ilusão nos trás tantas felicidades que nunca queremos parar de sonhar, mas uma hora a realidade tem que aparecer e você novamente tem que enfrenta-lá. É fácil pra quem ler e difícil pra quem sente, acredite. O coração se enchia de tanta dor, mais tanta dor que não aguentava mais até transbordar pelos olhos. Essa dor é pior que ser machucado fisicamente, você era machucado pela sua própria ilusão, por dentro, que doía cada vez mais forte. E nesses momentos você fica sozinho, porque ninguém é capaz de entender o que você está sentindo. Então era só você e seus pensamentos aleatórios ali… Até que aquela parte da música te faz lembrar toda aquela ilusão e ao mesmo tempo que ela não é real, e só resta botar a dor pra fora, chorando, gritando ou escrevendo. Os soluços impediam que eu falasse. Isso não significava que eu iria ficar bem melhor, mas aliviava o que eu estava sentindo, pelo menos, um pouco eu garanto que sim. Aquelas perguntas ainda rodavam e bagunçavam a minha cabeça “Será que um dia vou te encontrar? Vou conseguir te dar um abraço muito forte e mostrando a você tudo o que eu sentia? Será?…” E sempre aqueles pontos de interrogação rodavam e confundiam a minha cabeça, com inúmeras perguntas, e nada de respostas. Eu ficava confusa, com uma pequena dor de cabeça, por chorar tanto, e só queria ficar sozinha, apenas sozinha. Mas tinha uma voz que sempre me dizia “Não perca as esperanças, uma dia, toda essa dor será recompensada com sorrisos de alegria”. E aí, novas esperanças nasciam dentro de mim, dando a minha ilusão chances de torna-la realidade.”
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